Bolsa de Valores e Mercadorias de Belém

20:57

A incrível história da Bolsa de Valores de Belém que começou a ser construída em frente ao Ver-o-Peso, para comercializar aqui, as ações das poderosas empresas exportadoras de borracha e de infra estrutura, em uma das principais cidades do início do século XX. Um Bolsa que foi, sem nunca ter sido. Sequer ficou pronta e hoje você não tem ideia do que surgiu no lugar.

Na virada dos séculos XIX e XX, os grandes conglomerados financeiros que por aqui aportaram atrás da borracha, da infra estrutura das cidades e do sistema de navegação, comercializavam suas ações em Londres, que dominava a economia, já com uma presença menor dos norte-americanos.

Foi nesse contexto que a Bolsa de Valores e Mercadorias de Belém começou a ser construída exatamente em frente às docas do Ver-o-Peso. O projeto previa uma edificação suntuosa em estilo neoclássico. Um palácio dedicado ao capital e aos negócios.

Mas a crise provocada pelo contrabando da semente da seringueira para a Malásia, onde a produção coordenada revelou-se mais lucrativa, fez o negócio declinar rapidamente. A coisa aconteceu de tal maneira que os projetos foram sendo abandonados pela absoluta falta de razão de existir.

Em 14 de julho de 1913, o governador de então mandava demolir a construção inacabada em razão dos riscos que os escombros poderiam causar a cidade. prometendo que um novo edifício púbico seria erguido no local.

Só na década de 30, ali surgiria um praça, que ganhou o nome do famoso relógio que a ornamenta, sem nunca ter tido realmente este nome.

Fonte: Ernesto Cruz. As Obras Públicas do Pará. Belém, Governo do Estado do Pará, v.2, 1967, p. 113.

Talvez você também goste de ler:

3 comentários