Túneis subterrâneos são encontrados em Belém durante as escavações da construção do prédio do Banco Central, em plena Av. Presidente Vargas!
A notícia poderia ter saído das páginas de algum jornal de décadas atrás, mas o que sabemos sobre isso é o que o povo conta pelas ruas da cidade e o escritor Walcyr Monteiro reconta nas páginas de “Visagens e Assombrações de Belém”.
No mês de outubro, por exemplo, em clima nazareno, a população costuma reviver os tempos em que se ficava na porta de casa ouvindo o que os mais velhos tinham para contar sobre uma Belém antiga. Assim foram surgindo histórias como as de cobras gigantes, freiras sem cabeça ou estas de túneis subterrâneos que atravessariam a cidade.
De acordo com Walcyr Monteiro, uma das que mais provocam o imaginário coletivo popular é a dos túneis que teriam sido construídos abaixo da cidade.
Em uma dessas versões se diz que foram construídos na época dos escravos e serviam como rota de fuga sob a proteção de padres que queriam protegê-los dos senhores brancos.
Espalhados pelos subterrâneos de Belém, interligariam diversos pontos da cidade. Em outra maneira de se contar, eles interligariam os colégios Gentil e Nazaré e eram corredores que serviam para encontros amorosos e proibidos entre os alunos internos do Nazaré e as alunas do Gentil Bittencourt.
Uma terceira versão diz ainda que uma companhia européia teria escavado os túneis nos tempos áureos da borracha, à pedido dos governantes para que fossem estratégicos num momento de invasão inimiga.
O fato é que nunca se conseguiu provar a existência dos túneis, muito menos encontrá-los pois a empresa, que teria se desativado com a decadência do látex na região, teria levado consigo a planta da construção.
Fonte: <http://www.guiart.com.br/noticias_interna.php?id=602&cat=CL>