O conjunto de casas está na esquina da antiga São Jerônimo com Rui Barbosa há mais de 100 anos,

Viveu e testemunhos mudanças urbanas que fizeram mansões sumirem e espigões crescerem. Foram preservadas graças a legislação, que por pouco, evitou que sumissem do mapa.


É verdade que o estado de conservação não está como gostaríamos, mas é bom saber que elas seguem ali, imponentes, esperando uma reação da cidade no sentido de preservar suas memórias. 

Preciosidade, maré cheia no Ver-o-Peso, a molecada faz a festa. Ao fundo a forte com construções há muito desaparecidas.

Fonte: Flávio Nassar [ https://www.facebook.com/nassarflavio ]

A Surpreendente e Desconhecida história de um teatro que resistiu a incêndios e dominava a cena cultural de Belém na primeira metade do século XIX, quando o Teatro Nossa Senhora da Paz era ainda uma promessa política para uma elite ávida por cultura, espetáculos e lazer, a exemplo do que acontecia na capital do império brasileiro. Um Teatro tímido na principal Largo/Praça dessa Belém pós-Cabanagem. Uma história que você nem desconfiava que tivesse existido.

Para suprir a ausência de um teatro oficial, a administração da Província arrendava teatrinhos particulares. Esse era o caso do Providência, improvisado em um casarão no largo das Mercês.
Para o deleite da plateia, empresários recebiam subvenções do governo e promoviam temporadas de companhias nacionais e portuguesas. Esse panorama sucinto mostra a importância da atividade artística no Grão-Pará, uma tradição surgida com o teatro jesuítico do século XVII.

Mas o velho Teatro Providência, em 1872, ardera quase todo em chamas. Recomposto superficial e sumariamente, o teatrinho ainda por vários anos receberia troupes de fora e grupos locais, sendo ali como que a germinação de um futuro teatro paraense, apresentando o colorido de grupos pastoris, recitais de poesias, concertos do clubes Mazart, Verdi e Sociedades Musicais, enquanto a lenta burocracia não entregava ao povo o novo “Theatro Nossa Senhora da Paz”.

Os espectadores, que eram os cidadãos mais abastados da Província, nas noites de espetáculo acorriam ao pequeno prédio de madeira, levando seus criados, uns a clarear as ruas do percurso com archotes, outros a carregar cadeiras e bilhas com água para que seus senhores pudessem aplaudir o que iria acontecer no palco tosco, á luz de lampiões de óleo de andiroba.
A lágrima e riso se alternavam nos dramas e farsas, juntamente com o boquiaberto espanto ante a representações circenses de contorcionismo de malabaristas e truques de engole-fogo. As óperas Trovador, Rigoletto, Macbeth de Verdi e Barbeiro de Servilhai de Rossini eram apresentadas de maneira adaptadas às condições da casa. Essa era o menu que o Teatro Providência apresentava, sacudindo a quietude de uma população ainda sem gosto artístico definido.

Uma história que marcou a vida cotidiana de Belém até 15 de Fevereiro de 1878, quando em noite de gala foi inaugurado o “Theatro Nossa Senhora da Paz”, decretando o nobre Providência ao esquecimento quase absoluto. O recorte com a programação do Providência é do jornal Gazeta Official de 1858. As fotos, da década de 1870, do século XIX

Fonte: Página Belém Antiga

Houve um tempo em que o principal ponto de encontro de Belém era uma praça, onde em meio a uma feira, um pelourinho era usado para castigar escravos. O curioso é que nada lembra onde ficava este triste registro de uma história desta terra.

A partir do que hoje é conhecido como Ver-o-Peso, quando ainda era somente a entrada do Igarapé do Piri, existia uma Praia chamada de Campina. Às margens da praia, a Rua da Praia, que depois de alguns aterros se tornaria a Rua 15 de novembro.

Era em uma borda da Rua da Praia que se localizava a Praça do Pelourinho, onde estavam telheiros, uma feira e onde eram castigados os escravos, mais ou menos onde hoje está o Mercado Francisco Bolonha.

Nela, havia um acesso a baia onde ficavam fundeados navios. Sobreviveu até parte dos século XVIII. Desta memória, pouca coisa resta como esta gravura....

Fonte: MONTEIRO, 2001 e Página Belém Antiga

O Magazan ainda se chamava Hiper Líder e em sua seção de eletrônicos oferecia o sensacional micro computador da Gradiente.

Um detalhe. Era apenas o teclado e a CPU. O monitor era feito de uma TV convencional, comum nos primeiros modelos de computadores pessoais

Era o ano de 1989..
Fonte: Página Belém Antiga

Belém foi cidade de muitos cinemas de bairros. Era uma época sem televisão e onde o cinema era a chance mais próxima da globalização da moda e do comportamento, o programa era obrigatório e por isso permitiu a abertura de tantas casas na cidade.


Um deles foi o Cinema Moderno, localizado no Largo de Nazaré, onde hoje está uma área de estacionamento da Arquidiocese da cidade.

Uma das características peculiares desse cinema era o fato de possuir duas classes. Para a primeira, poltronas de madeira. Já para a segunda, bancos corridos.

Duas classes separadas por uma armação de madeira.
Uma história dos cinemas de rua, esquecida por toda uma cidade.

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Fonte: Cinema no Tucupi/Pedro Veriano. / Cinematecaparaense.blogspot  . Página Belém Antiga