Incrivelmente, os ouvintes não deixaram isso acontecer, com doações até do então governador José Malcher e do prefeito Abelardo Condurú. A Clube, torna-se uma empresa comercial. 

Ainda em 37 foi instalada em sede própria, no Jurunas. Um prédio chamado de Aldeia do Rádio, onde em 1945, foi construído o auditório da Clube, para 150 pessoas. 

Já em 1954, a prefeitura doou um terreno na Presidente Vargas para uma nova sede. Sem dinheiro, fizeram um acordo como engenheiro Judah Levi. Em troca do segundo andar, foi construído ali o Ed. Palácio do Rádio.

"Agora quando passar pelo condomínio Aldeia do Rádio com Fenando Guilhon saiba que aquela esquina é testemunho da história. Que Roberto Camelier, não é nome de rua por acaso, e que talvez faltasse uma rua Edgar Proença.
Que o Palácio do Rádio, quase imperceptível no vai e vem da Presidente Vargas só foi possível por causa de uma rádio. Sem memória, não se preserva."

Fotografia tirada no Rio de Janeiro por ocasião da aquisição de um novo transmissor de 5 kilowatts. Assinatura do contrato entre a Rádio Clube e a firma Byngton &Cia

Fonte: O Pará nas ondas do Rádio 

           Página Roberto Camelier 

Pronto Socorro Municipal, d. 1960 | 2. Santa Casa de Misericórdia, d. 1960  | 3. Loteria Estadual, d. 1960 / Revista Belém 350 anos (1966) 

“A escassez de recursos disponíveis para atender a um imenso plano assistencial para o povo, levou o Govêrno a criar a Loteria do Estado do Pará, destinando os proventos dela advindos para o setor da Saúde Pública, com assistência médica gratuíta, por intermédio da Santa Casa de Misericórdia. Êsse nosocômio, como tôdos no gênero, no país, de iniciativa particular, se vem desenvolvendo na prestação dos mais variados serviços médico-hospitalar, ademais do Pronto Socorro, com inestimáveis serviços prestados à população pobre de Belém. O Govêrno fêz o povo participar de seu empreendimento, ao tornar públicos os sorteios da Loteria, que é fiscalizada pelo próprio Estado, consolidando a confiança geral no sentido que a inspirou. A Loteria do Estado do Pará está hoje sob a orientação do sr. Joel Vitor de Oliveira, como Diretor Presidente; sr. Guilherme Imbiriba Guerreiro, como Diretor de Administração e sr. Aldo de Paiva Lisbôa, como Diretor de Contabilidade”

Fonte: Revista Belém 350 anos (1966) / Postagem do Tumblr (lindo, portanto, visitem, vocês irão gostar) Fragmentos de Belém

Militar consagrado, Manuel Luís Osório, o Marquês do Herval, nasceu em Conceição do Arroio em 1808 no Rio Grande do Sul e faleceu no Rio de Janeiro 71 anos depois. 

Sua cidade natal teve o nome mudado para Osório, em sua homenagem 54 anos depois, sem consulta popular, por seu interventor federal José Antônio Flores da Cunha, já que ele havia nascido ali.

Porém, até chegar ali, não foi fácil. Manuel conseguiu todos os postos possíveis dentro da hierarquia militar, vida que começou a dedicar a partir dos quinze anos.

Participou dos principais eventos militares do final do século XIX, Dentre as batalhas, General Osório participou da Guerra da Tríplice Aliança, da Revolução Farroupilha e do Exército Brasileiro que participou da Guerra do Paraguai.

Rótulo de cigarros com litografia de Osório, que participou de todas as lutas ocorridas no sul do país desde 1825,

Foi casado com Francisca Fagundes, de quem teve quatro filhos. Aos 71 anos faleceu e teve suas cinzas jogadas no Parque no entorno de sua casa no Rio Grande do Sul.

       Frei Francisco da Purificação, Comissário Provincial dos Carmelitas do extremo norte do Brasil, foi chamado em 1624 para iniciar a catequização aqui, mas só chegou dois anos depois com os Carmelitas Calçados. Em um sítio, ergueram uma capela para que se congregassem.

     Em 1627, receberam uma doação do Capitão Mor da capitania do Grão Pará, Bento Maciel Parente, e numa casa de campo na atual Travessa Siqueira Mendes, transferiram a residencia e edificaram junto a ela uma pequena capela dedicada a Nossa Senhora do Carmo, usando a casa como convento.

        Mais tarde, em 1690 , já em ruínas, a casa e a capela foram demolidas, começando, no mesmo local, a edificação de um novo convento e uma nova Igreja. As obras seguiram até 02 de julho de 1696, quando foram interditadas pelo Bispo, pois lá encontrava-se enterrado um excomungado. Por isso, os Carmelitas apelaram para a Justiça Real. Com decisão favorável à Ordem, somente em 21 de abril de 1700, a construção teve o curso normal. Concluída em 1721.

    'Segundo relatam as crônicas da época, a Igreja já se apresentava melhor paramentada, graças ao contínuo esforço dos padres.
     No decorrer do século XVIII, por volta de 1766, outra vez, os Carmelitas demoliram seu segundo templo, para construir a atual Igreja do Carmo, porém, não totalmente. O altar mor é preservado e incluso na nova igreja. Nele se admira até hoje o estilo barroco italiano de importação portuguesa, predominante nas igrejas da época, modificado posteriormente pelas influências locais.
    Nesta obra, tomou a frente das obras já em andamento o arquiteto-régio Giuseppe Antonio Landi, autor das novas molduras e fachada da definitiva Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em alvenaria de pedra.

   A inauguração aconteceu em 23 de julho de 1777, de forma inacabada, pois não havia concluído à tempo os altares laterais e a Capela da Ordem terceira, concluídos apenas em 1784. 

   Durante a Cabanagem, grande movimento popular paraense, através do qual os cabanos conseguiram chegar ao poder, a Igreja foi usada como ponto estratégico pela tropa imperial. No entanto, foram descobertos pelos cabanos. Muitos foram tirados da igreja e levados a rua para a morte.

Iniciadas as obras de restauração em 2013, no dia 23 de março de 2015, foi entregue a população. A Igreja foi tombada pela União em 1941 e é propriedade da Arquidiocese de Belém. O prédio estava em precário estado de conservação quando o IPHAN elaborou o projeto de restauração. Esse foi o primeiro restauro completo da igreja.

*Todas as imagens usadas nesta postagem foram feitas após este restauro.

Fonte: Carmo Belém 

Fotografia: Daniele Nogueira