Av. Presidente Vargas esquina com Rua Santo Antonio. Escritório da Booth Company em Belém, hoje agência da Caixa Econômica Federal.
Av. Presidente Vargas esquina com Rua Santo Antônio. Antigo prédio da Associação Comercial, hoje SEFIN PMB
Descrição da Imagem: Fachada do Palacete Faciola, situado na Avenida Nossa Senhora de Nazaré com a Travessa Doutor Moraes, Bairro de Nazaré, Belém.
Construído em 1901, o Palacete Faciola é o resultado de um período de mudanças sociais e urbanas, marcado pela modernização da cidade inspirada pela chamada Sociedade da Borracha. No local, residiu o arquiteto, pianista, banqueiro e político Antonio Almeida Faciola, patriarca de uma tradicional família de comerciantes de Belém.
Foto: Celso D'Abreu
Fonte: Portal da Amazônia
Ele (Antonio Faciola) reuniu, desde 1936, a mais expressiva coleção de objetos artísticos europeus, como vasos de cristal, esculturas, lustres e quadros. Deixou toda essa herança à sua família, herança está que foi carinhosamente conservada durante 46 anos, até a morte de sua filha, Da. Inah Faciola, (a senhora da foto anterior), em março de 1982.
Posteriormente, esse acervo foi distribuído entre seus descendentes, e Belém podia ter comprado, anteriormente, essa rara e valiosa coleção, montando um "Museu da Borracha" ou da "Belle Époque". Mas a já tradicional inércia, ignorância, politicagem de seus governantes, fez a cidade perder o maior tesouro artístico, dos fins dos séculos XIX e início do XX.
Ao passar diante do casarão, hoje abandonado, a gente pergunta: quantas festas, bailes, realizações, felicidades, sofrimentos e frustrações, ocorreram em seus amplos salões, que eram decorados com móveis e outros objetos europeus da melhor categoria da época?
Atualmente o prédio abriga a sede da AHIMOR a qual têm submetido o prédio a inúmeras reformas na tentativa de aproximar cada vez mais os detalhes degradados pelo tempo minuciosos e marcantes detalhes da construção original.
Segundo alguns relatos, o dono era tão apegado ao palacete que sua alma ainda está assombrando sua morada e aparece para aqueles ficam com cobiça pelo Palacete, Bibi Costa irá atormentar essa pessoa até que ela desista do Palacete.
Foto: Odilson Sá
Fonte: Belém do Passado
Em 2001, o Governo do Estado do Pará assinou com o Exército Brasileiro um convênio, alienando os terrenos da Casa das Onze Janelas e do Forte do Presépio em favor do turismo em Belém, hoje o palacete é um dos cartões postais da capital paraense.
Descrição da Imagem: Antiga caixa de correio usada no Brasil.
Foto: Leo Soares - DF
Fonte: Governo do Pará.gov
O local refletia os exageros da burguesia da época: era formado por um salão de jogos, de música, uma biblioteca e uma capela. A casa era conhecida pela vida social agitada, com saraus de poesia e apresentações de orquestra, concertos de cravo e de piano
Descrição da Imagem: Detalhe do porão do palacete. Algo faltando no final do corrimão das escadas!
Foto: Land Nick
Fonte: Diário do Pará
Palacete Bolonha
Francisco Bolonha nasceu em Belém, em 22 de outubro de 1872. Iniciou seus estudos na mesma cidade, mas cursou Engenharia na Escola Politécnica, no Rio de Janeiro. Em 1900, visitou a França e foi bastante influenciado pela arquitetura parisiense.
O engenheiro Francisco Bolonha foi contratado pela Intendência Municipal (Antônio Lemos) e pelo Governo do Estado (Augusto Montenegro) para construção de obras marcantes na cidade: Mercado de Carne "Francisco Bolonha"; Bar do Parque; Palacete Júlio Andrade (Gov. José Malcher / com Joaquim Nabuco; Complexo de Fornecimento de Água no Utinga / Lago Bolonha; Prédio do Jornal "Folha do Norte" - hoje "O Liberal"; Reservatório "Paes de Carvalho", popularmente conhecido como "Três Panelas Vazias" (1º de março com Rua Ó de Almeida, demolida).
Palacete Bolonha – Uma promiscuidade de belezas
A residência de Bolonha foi projetada para uso de um casal, distribuindo-se em três pavimentos e um mirante. Tem múltiplas divisões internas e decoração carregada em dourados e estuques – estes de autoria do maranhense Newton de Sá –, azulejos decorados, mosaicos e revestimentos variados.
Descrição da Imagem: Lustre presente no corredor.
Foto: Skyscrapercity (Usuário: JaMBa)
Fonte: Igrejas, Palácios e Palacetes de Belém
Palácio Lauro Sodré – Museu Histórico do Estado do Pará
m meados do século XIX, as varandas foram fechadas e o beiral substituído por platibandas, além de outras mudanças internas significativas. No início do século XX, o prédio recebeu uma nova decoração de características ecléticas. Em 1971-1973, uma restauração recuperou algumas de suas características modificadas em períodos anteriores, como a capela que fora dividida, na altura, por piso intermediário. Abrigou a sede do governo até ser transformado em Museu do Estado em 1994. Reinaugurado em 2008 como Museu Histórico.
Foto: Celso Abreu.
Fonte: Igrejas, Palácios e Palacetes de Belém
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Estuques muito elaborados, lustres de procedência européia, alguns com desenho pompeianos, salas com revestimento em ferro prensado e pintado são característicos de uma fase de acúmulos decorativos que marcam o pleno período do apogeu da borracha.
Foto: Museu de Arte de Belém
Fonte: Igrejas, Palácios e Palacetes de Belém.
Volume maciço e quase quadrado, o prédio tem sua marcação externa, no térreo, feita por colunas duplas nos quatro cantos. No andar superior, as colunas prosseguem como pilastras. A planta baixa possui um vazio central formado por dois pátios e dividido ao meio pelo volume da escadaria monumental.
Foto: MABE (Facebook)
Fonte: Igrejas, Palácios e Palacetes de Belém.
O Paço Municipal começou a ser construído em 1860. A medalha comemorativa desse acontecimento registra como autor do projeto José Coelho da Gama Abreu, “que o delineou e executou”40. Nas décadas seguintes, os relatórios provinciais dão notícias da longa construção e de períodos de paralisação. O prédio foi inaugurado em 1883, dois anos antes da conclusão das obras, havendo bênção do edifício e até distribuição de cartas de alforria a 47 negros cativos para celebrar a ocasião.
Foto: Geolocation
Fonte: Igrejas, Palácios e Palacetes de Belém.
O Museu de Arte de Belém foi instituído a partir de 1991 como um Departamento da Fundação Cultural do Município de Belém, que por sua vez pertence à Prefeitura Municipal de Belém. Em 1994, com a reinauguração do Palácio Antônio Lemos, passou a acolher as coleções oriundas respectivamente, da Pinacoteca Municipal e Museu da Cidade de Belém, do qual é originário. O Museu reúne um conjunto significativo de obras européias e brasileiras, que referem o período áureo da borracha na cidade e um acervo contemporâneo em expansão. Esse acervo é composto por um conjunto de obras denominado Iconografia Paraense, que retrata através de pinturas, e fotografias, cenas de Belém e seus habitantes e ainda, do ambiente amazônico. Inclui também peças do mobiliário brasileiro, objetos de interior e esculturas.
Possui salas para exposições, cujas denominações homenageiam artistas, que possuem obras no acervo ou são de reconhecido valor no cenário das artes; um auditório para solenidade; uma biblioteca especializada em artes visuais, museologia e correlatos e as Divisões de Conservação e Documentação, de Museografia e de Ação Educativa.
O MABE também possui outros espaços expositivos: a Galeria Municipal de Arte e o Museu de Arte Popular, situado no Distrito de Icoaraci.
Praça D. Pedro II, s/n - Cidade Velha
tel: (91) 3114-1026
mabe@belem.pa.gov.br
mabelem.blogspot.com
Horário Visitas: 3ª a 6ª feira, das 10h às 18h. Sábados, domingos e feriados, das 9h às 13h.
Foto: Bruno Miranda
Fonte: Souparaense.com
O Palácio Antônio Lemos foi construído em 1883 para ser a sede do poder municipal. Ao longo de seus mais de cem anos de existência abrigou o Tribunal de Relação, a Junta Comercial, o Conselho Municipal e a Câmara de Deputados. Idealizado pelo projetista José Coelho da Gama e Abreu, possui linhas do Neoclássico Tardio, estilo introduzido no Brasil com a Missão Artística Francesa e que no país ganhou a denominação de "Imperial Brasileiro". O prédio sedia o Gabinete do Prefeito Municipal de Belém, a Coordenadoria de Comunicação Social e o Museu de Arte de Belém. Está localizado no bairro da Cidade Velha, Centro Histórico da capital paraense, entre as praças Felipe Patroni e D.Pedro II. O Palácio é tombado pelas esferas federal, estadual e municipal, constituindo-se em um dos raros patrimônios edificados que mantém sua função pública original.
Grande Hotel, uma das maiores perdas do patrimônio cultural belenense. Demolido para construir o que atualmente é o Hotel Hilton.
A primeira parte do hotel foi inaugurada no início de 1913. O seu dono era Teixeira Martins, que era proprietário do também lendário Cinema Olympia. Construído pela firma Salvador Mesquita & Ca, uma das grandes construtoras do Pará na época, representou um grande momento para a rede hoteleira da capital paraense.
Antes da inauguração do Grande Hotel, a cidade contava com hotéis instalados em edifícios adaptados para uso hoteleiro. No entanto, o Grande Hotel, foi idealizado e construído para funcionar como hotel, ocupando a área de um quarteirão, com banheiros e ventilação natural em todos os quartos, além de usufruir dos avanços tecnológicos disponíveis na época, características constantemente exaltadas nas propagandas encontradas nos jornais do período.
No hall de entrada do hotel, o piso era revestido de mosaicos, sendo as paredes e o teto de estuque ornamentado com lustres de bronze. Já no pavimento térreo, estava situada a sorveteria com máquinas elétricas, geladeiras, frigorífico, além da cozinha, com equipamentos de fabricação francesa. O acesso para os andares superiores era feito por meio de elevador movido à eletricidade, com lotação para quatro pessoas. O primeiro pavimento tinha uma sala de recepção bem decorada. Os quartos, localizados no segundo andar, apresentavam mobiliários luxuosos construídos nas oficinas de J. S. de Freitas & Cia, em Belém, utilizando madeiras das florestas paraenses. O terceiro pavimento servia de mansarda.
No final do ano de 1913 foi inaugurado no espaço do Grande Hotel o Palace Theatre, lugar importante de artes cênicas, que recebeu companhias e artistas do sul do país e do exterior, como Ítala Fausta, Eva Stacchino, Vicente Celestino e outros.
Em 1948 o Grande Hotel, foi vendido para a rede Inter Continental Hotels Corporation, transformando Belém na primeira cidade do mundo a receber o hotel pioneiro dessa rede. Imediatamente, a nova direção do Grande Hotel imprimiu mudanças para adequá-lo aos padrões americanos de conforto, praticidade e eficiência. Nos anos 70, o hotel foi novamente vendido e, mais tarde, demolido para a construção de um novo empreendimento, também hoteleiro - Hotel Hilton Belém. As obras foram iniciadas em 1979.
Foto: Álbum Belém da Saudade.
Palacete Mira Selvas - atual bairro do Marco