A história da praça montada pouco a pouco
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A história de uma Praça de nome desconhecido, que abriga um dos principais símbolos de Belém, cujo idealizador, preso, não pode inaugurar. Construída no lugar onde hoje deveria estar uma Bolsa de Valores, no meio do principal Cartão Postal da Capital. E você que passa todos os dias por ela, nunca prestou atenção nisso.
No quadrilátero que segue as docas do Ver-o-Peso, no início do século XX, estava sendo construída uma Bolsa de Valores capaz de comercializar as ações e a riqueza trazida pela borracha. O Prédio nunca foi concluído - a crise começou em 1909 e acabou com esse sonho. Restou um vazio por quase 30 anos até que se desse novo destino a praça.
Construída no vazio conhecido como Praça dos Aliados, homenageou um dos dezoito revolucionários paraenses heróis do Forte de Copacabana: Antonio de Silveira Campos, tenente, morto na Revolução dos Tenentes e recebeu um adereço que marcaria sua vida dai por diante.
O Relógio foi encomendado pelo Intendente de Belém, Antonio Faciola, no início de 1930. O monumento que deveria decorar a praça seria de um relógio a ser instalado no alto de uma elegante torre de ferro, de doze metros de altura, com decoração que indicasse os pontos cardeais e quatro medalhões simbolizando as quatro estações do ano escritas em italiano, mostrador com iluminação noturna e sirene elétrica que deveria tocar às 8h, 12h e 18h.
Apesar de encomendada à empresa inglesa Walters Macfarlaine & Companhia, aa fabricação foi de outra empresa, a J. W. Benson Ltda. Os quatro postes de ferro com belas luminárias que acompanham o relógio são mais antigos. Foram fabricados pela Macfarlaine em 1893.
Porém, durante a revolução de 1930, Eurico Valle e Antonio Faciola foram depostos. Os que encomendaram a obra e a projetaram, não puderam estar presentes a inauguração.
Fonte: Página Belém Antiga
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