O primeiro Círio

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“O Círio nasceu pelo entusiasmo de um fidalgo, o Sr. Francisco de Souza Coutinho, Capitão Geral do Rio Negro e de Grão-Pará. Dom Francisco, chegado em 1790, presenciou a romaria dos devotos ao altar da Virgem. Empolgados, o governador resolveu dar maior importância à romaria, atraindo para Belém a atenção de todo o Estado.
Aos 03 de junho, resolveu preparar o dia da festa (08 de setembro) com uma feira de produtos regionais para centralizar o fluxo comercial na capital. Cada vila ou cidade do interior tinha que contribuir à exposição, mas o Capitão Geral adoeceu e receoso de não poder inaugurar a feira, prometera, caso melhorasse, ir à Ermida buscar a imagem, trazê-la ao Palácio e fazer rezar a missa, e em seguida, acompanhado pelo povo, levar num palanquim a imagem, desde o Palácio até a Ermida (Pequena igreja ou capela).

O Governador melhorou. A promessa foi realizada aos 8 de setembro de 1793, quando todas as autoridades civis e militares, esquadrões de cavalaria, batalhões de infantaria e piquetes de artilheiros, bem como uma multidão, imensa naquela época de 10.000 devotos, brancos, cafusos e índios, acompanharam a imagem, que foi carregada pelo capelão Padre José Roiz de Moura, num palanquim azul, ladeado por uma guarda nobre e pelo governador Percorreram mais ou menos o mesmo trajeto de hoje.” (Trecho retirado do livro “Círio – Painel da vida” de Mízar Klautau Bonna)

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